MICROBIOTA INTESTINAL, INFLAMAÇÃO E SAÚDE MENTAL: UMA REVISÃO DAS EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS
GUT MICROBIOTA, INFLAMMATION AND MENTAL HEALTH: A REVIEW OF THE SCIENTIFIC EVIDENCE
Resumo
Este trabalho apresenta uma revisão narrativa sobre a relação entre a microbiota intestinal, inflamação e saúde mental, explorando as evidências científicas mais recentes sobre o impacto da disbiose intestinal no desenvolvimento e funcionamento do sistema nervoso central. O objetivo principal foi sintetizar as evidências da correlação entre o desequilíbrio da microbiota humana e diferentes distúrbios neurológicos, com foco nos transtornos neuropsiquiátricos, processos inflamatórios e potenciais abordagens terapêuticas. A metodologia baseou-se em uma busca sistemática na base de dados PubMed, utilizando termos relacionados à disbiose, inflamação e saúde mental, considerando publicações dos últimos dez anos. Após análise, 24 artigos foram selecionados por sua relevância para o tema. Os resultados indicam que a microbiota intestinal influencia diretamente o eixo intestino-cérebro, sendo determinante na regulação da neurogênese, mielinização e resposta imune, além de desempenhar um papel essencial na maturação microglial. A disbiose intestinal foi associada a transtornos como autismo, esquizofrenia, TDAH, depressão e ansiedade, além de contribuir para a neuroinflamação e comprometimento da barreira hematoencefálica. Estudos apontam que intervenções dietéticas e o uso de probióticos podem auxiliar na regulação da microbiota, reduzindo inflamações sistêmicas e atenuando sintomas psiquiátricos. Conclui-se que o equilíbrio da microbiota intestinal é um fator essencial para a saúde mental e neurológica, e sua modulação pode representar uma estratégia promissora para a prevenção e tratamento de transtornos neuropsiquiátricos. No entanto, mais pesquisas são necessárias para aprofundar os mecanismos envolvidos e viabilizar terapias mais eficazes.Palavras-chaves: Nutrição, microbiota humana, distúrbios neurológicos, transtornos neuropsiquiátricos, processos inflamatórios e abordagens terapêuticas.Downloads
Publicado
20-02-2025
Edição
Seção
Artigos
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