O PAPEL DA RELIGIOSIDADE INDÍGENA COMO UM ATO DE REVOLTA E RESISTÊNCIA CONTRA O COLONIALISMO PORTUGUÊS.
Resumo
O presente artigo apresenta a religiosidade indígena como um objeto de motivação para as lutas anticoloniais no século XVI, usando como principal objeto de estudo as “Santidades de Jaguaripe”, no qual teve forte presença como força anticolonial, localizada no recôncavo baiano. Além de responder como a espiritualidade dos povos nativos foram tão importantes para a luta contra a exploração europeia, conceitos construídos a partir da interpenetração cultural dentro do modo de vida dos nativos a partir da chegada dos europeus nas terras americanas e como tal chegada influenciou no cotidiano desses povos. De maneira geral, a américa foi habitada por uma gama de povos diferentes e sua diversidade se dá não somente pela maneira que cada um enxergava o mundo ou seu modo de vida baseado em suas crenças, mas também é levado em conta sua localização e organização social, além de como os europeus tanto na américa espanhola quanto na américa portuguesa, a partir do primeiro contato com esses nativos, enxergaram tais manifestações e organizações sociais. Dentre os mais diversos movimentos em que os indígenas fizeram para sua própria sobrevivência, as mais surpreendentes são as santidades. Uma vez que era um tipo de religiosidade que incorporava as crenças tupis com elementos do catolicismo europeu como forma de se adaptar a investida catequética, uma espécie de sincretismo a fim de conseguirem lutar para proteger tanto suas vidas quanto suas expressões religiosas. Esses movimentos eram capazes de reduzir aldeamentos, chamando indígenas e até não-indígenas como mestiços, para o seu movimento, planejando fugas e possíveis revoltas, o que sempre gerou preocupações nos senhores de engenho. Portanto, é imprescindível tratar dessas santidades dentro do tema de lutas anticolonialistas, uma vez que essas citadas eram um símbolo de resistência entre os adeptos.Downloads
Publicado
16-07-2024
Edição
Seção
Artigos
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