Caracterização in silico da sequência linear da proteína fXa do Aedes Aegypti

Resumo

Os mosquitos de gênero Aedes são transmissores de doenças virais, chamadas de arboviroses, tais como a dengue, febre amarela urbana, chikungunya e zika. Tais doenças provocaram uma infestação, causando epidemias no estado do Rio de Janeiro onde em 2021 foram diagnosticados mais de 800 mil casos dessas doenças. O mosquito Aedes aegypti possui em sua saliva uma proteína chamada fXa, sendo esta, a responsável por atuar como anticoagulante nas peças bucais do inseto durante sua alimentação, mantendo o fluxo sanguíneo e evitando a coagulação. A descrição bioquímica desta proteína é importante para entender se no caso desta espécie de mosquito ocorre alguma modificação que favoreça a ação desta proteína. Para tanto foram utilizadas ferramentas de bioinformática para uma análise basal e bioquímica desta proteína, atrelado a uma revisão de sua ação. O Servidor ExPASy é um portal da Swiss Institute of Bioinformatics (SIB) que consiste em um banco de servidores com um conjunto de informações moleculares de cadeias peptídicas (proteínas) além disso disponibiliza vários recursos científicos, bases de dados e ferramentas informáticas, em diferentes áreas científicas. Este trabalho utilizou uma abordagem in sílico com auxílio de servidores presentes no portal ExPASy, para tal a sequência de aminoácidos de fXa foi coletado na base de dados proteico UniProt. Após essa coleta a sequência linear de aminoácidos foi confrontada com os servidores ProtoParam e o servidor Swiss-Model para a descrição de informações como índice-Gravy, porcentagem de aminoácidos, índice alifático, meia vida presuntiva da proteína in vivo e a sua modelagem tridimensional também presuntiva. Como próximos passos, o grupo deverá confrontar esses dados com proteínas homólogas em outros seres vivos, sendo assim a comparação bioquímica e funcional poderá ser realizada com mais precisão.