CORRELAÇÃO ENTRE DOR E COMPORTAMENTO AUTO LESIVO NO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Autores

  • Laura Pinho Schwermann
  • Filipe Arruda Aragão
  • Fernanda Ingrid Oliveira Ramos
  • Tatiana Paschoalette Rodrigues Bachur
  • Gislei Frota Aragão

Resumo

Objetivo: Identificar as correlações existentes entre o comportamento auto lesivo (Self-Injurious Behavior - SIB) comalterações na sensibilidade à dor em pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Critérios de elegibilidade:Foram selecionados artigos de coorte observacionais ou transversais, relatos de casos ou estudos clínicos onde osparticipantes tinham TEA e SIB. Foram excluídos artigos experimentais com uso de animais ou sem diagnósticoconfirmado de TEA. Fontes de informação: Foram utilizadas as bases de dados Embase, MEDLINE, LILACS, ScienceDirecte Scopus. Risco de viés: Os artigos foram analisados levando em consideração: dados ausentes, consistência interna dosdados, integridade da randomização, monitoramento e padrão de censura. Estudos incluídos: 14 artigos foramincluídos. Os parâmetros analisados foram organizados em uma tabela e discutidos posteriormente. Síntese dosresultados: Entre os artigos que encontraram alterações, dois citaram alterações no limiar de dor, dois relataramaumento da reatividade à dor, quatro relataram diminuição da reatividade à dor, três estudos encontraram alteraçõessensoriais não especificadas e um estudo detectou uma resposta intacta à dor na fase inicial de calor doloroso, seguidode diminuição do sinal nas fases intermediária e tardia. Limitações das evidências: A sensibilidade à dor no autismoainda apresenta várias lacunas, fato que compromete a compreensão do real vínculo patológico da automutilação noTEA. Interpretação: A hiposensibilidade a estímulos dolorosos pode ser observada em diversos estudos, reforçando oconsenso prévio sobre a redução da sensação dolorosa no TEA. Essa anomalia está correlacionada como causa,consequência ou fator de sustentação da automutilação. A hipótese do opioide, com altos níveis de endorfinasendógenas e diminuição da sensibilidade do receptor, é uma das mais defendidas para explicar as alterações sensoriaisda dor presentes no TEA. Novas descobertas sobre hipersensibilidade no TEA, bem como sensibilidade normal,argumentam contra hipóteses anteriores. Dessa forma, a compreensão do papel da autolesão torna-se muito complexae permite diversas interpretações que englobam os mecanismos de expressão da dor. Registro: ID = CRD42021231164,PROSPERO.

Biografia do Autor

Laura Pinho Schwermann

ACADÊMICA DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL

Filipe Arruda Aragão

ACADÊMICO DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL

Fernanda Ingrid Oliveira Ramos

ACADÊMICA DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL

Tatiana Paschoalette Rodrigues Bachur

PROFESSORA (PHD) DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE UNICHRISTUS, FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL

Gislei Frota Aragão

PROFESSOR (PHD) DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL

Downloads

Publicado

08-03-2023