A RELAÇÃO ENTRE O MOBILIÁRIO ESCOLAR NÃO REGULÁVEL E OS DISTÚRBIOS POSTURAIS EM ALUNOS UNIVERSITÁRIOS

Autores

  • Rômulo Fonseca dos Santos Pinto Faculdade São José
  • Juliana Freitas Faculdades São José
  • Leonardo Félix Faculdades São José
  • Solange de Oliveira Faculdades São José

Resumo

Essa pesquisa esta sendo realizada com intuito de avaliar o possível grau de interferência do mobiliário escolar na vida acadêmica, de maneira que possam ser explicadas os distúrbios musculoesqueléticos com a forma inadequada que o mesmo acomodasse no mobiliário a fim de adaptar-se á ele. Após a identificação desses distúrbios será sugerido o mobiliário escolar de baixo custo com regulagem simples, cuja importância resultará em uma postura aceitável para o dia a dia do acadêmico. Supõe-se que o atual modelo do mobiliário não seja adequado para todos os indivíduos, levando em consideração as diferenças de biótipo, ou seja, indivíduos com pesos e estaturas diferentes que distúrbios posturais pré- estabelecidos que utilizam o mesmo mobiliário, cada um adaptando-se ao mesmo de diversas maneiras. A amostra é composta por 70 acadêmicos, sendo 28 do sexo masculino e 42 do sexo feminino, com faixa etária entre 18 e 55 anos. Através da analise dos dados podemos comprovar que 86 % do sexo feminino queixa-se de dor na coluna vertebral e 50 % apresentam uma hiperlordose na região lombar da coluna vertebral. Podemos explicar esse fato ressaltando que a maioria da mulheres apresentam uma anteriorização de pelve , por alguns mo- tivos com uso de salto alto, gestação dentre outros , por esse motivo estão mais suscetíveis a apresentar esse distúrbio postural ,o que relacionado a maneira inadequada de adaptar-se a mobiliário escolar pode agravar esse distúrbios ou até mesmo tornar-se o fator principal. O sexo masculino apresentou significativas alterações na coluna vertebral, porém 54 % dos homens queix- am-se de quadro álgico na região supracitada . Com tudo foi observado que 64% apresentam uma hip- ercifose na região torácica e 61 % apresentam uma retificação na região lombar. Já é visto na literatura e observado no estudo que o homem apresenta uma estatura mais elevada em relação ao sexo feminino, esse fato pode conferir aos indivíduos em questão condições neuromusculares que favorecem o desenvolvi- mento ou acentuação dos distúrbios posturais acima citados. Outro fator preponderante nessa pesquisa que pode ser relatado que em ambos os sexos foi identificado um exacerbado numero de escoliose, sendo a mesma aparente em 82% no sexo masculino e 88% no sexo feminino. Das possíveis condições que levam ao desenvolvimento ou acentuação de uma curvatura lateral pré-existente na coluna vertebral, podemos salientar a sobre carga muscular suportada pelo membro superior, manutenção de postura inadequada por longo período de tempo em um mobiliário com apoio apenas de um lado, dentre outros.Outro dado importante verificado no estudo foi a relação entre o distúrbio postural pré-existente no indi- viduo e o padrão de postura assumido ao sentar-se ao mobiliário. Foi visto que os indivíduos com aumento da lordose lombar mantenha a pelve próxima ao encosto da cadeira inclinado o tronco anteriormente e olhando para o ponto desejado, já os indivíduos com o aumente da cifose torácica posicionam a região toraco-lombar e pélvica próxima ao encosto e curvando á partir daí a coluna vertebral anteriormente e pro- jetando a cabeça em direção ao material a ser lido , nos casos de retificação da lordose lombar os indivíduos tendem a manter a região torácica próxima ao encosto e estabelece uma retroversão de pelve direcionando assim o peso corporal sobre o sacro. Pode-se concluir que o mobiliário escolar não regulável colabora para o desenvolvimento e/ou acentuação de distúrbios posturais na coluna vertebral em alunos universitários.Palavras-Chave: Mobiliário Escolar, Distúrbios Posturais, Postura

Biografia do Autor

Rômulo Fonseca dos Santos Pinto, Faculdade São José

Professor das Faculdades São José

Juliana Freitas, Faculdades São José

Acadêmica de Fisioterapia das Faculdades São José

Leonardo Félix, Faculdades São José

Responsável Técnico do Laboratório de Anatomia Humana das Faculdades São José

Solange de Oliveira, Faculdades São José

Acadêmica de Fisioterapia das Faculdades São José

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Publicado

17-07-2013