MÉTODO DROPSET VERSUS TRADICIONAL: O EFEITO HIPOTENSIVO PÓS-EXERCÍCIO EM MULHERES TREINADAS.

Autores

  • Marcela de Souza Alves da Cruz
  • Gabriel Andrade Paz
  • Humberto Miranda

Resumo

Este estudo tem como objetivo analisar o comportamento agudo da pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica(PAD) após sessões de treinamento de força nos métodos dropset (PMD) versus tradicional (PMT). Onze mulheresnormotensas (36,64 ± 5,13 anos; 64,98 ± 8,74; 1,65 ± 0,05 cm; 22,34 ± 3,12% de gordura) participaram dopresente estudo. No primeiro e segundo dia de testes, foi realizado o teste e reteste de 10 repetições máximas(RM) no leg press 45º, cadeira extensora, mesa flexora e cadeira adutora. No terceiro, quarto e quinto dia, asvoluntárias executaram os três protocolos designados de forma randomizada: PMT - foram realizadas três sériesde 10 repetições com a carga de 10-RM com 2 minutos de intervalo entre as séries e 3 minutos entre os exercí-cios. PMD - foram realizadas três séries com a carga de 10 RM até a falha voluntária com 2 minutos de intervaloentre as séries e 3 minutos entre os exercícios e após a falha voluntária com a carga de 10-RM foram realizadasduas reduções da carga (20%). PCONT - neste protocolo os indivíduos não realizaram exercício. A PAS e PAD foimensura pré, imediatamente após a sessão de treinamento, e a cada 10 minutos até 60 minutos pós exercício.O PMD foi capaz de promover reduções na PAS 30, 50, e 60 minutos em relação aos valores de repouso após asessão de TF (p < 0,05). Portanto, o método dropset pode ser aplicado em mulheres normotensas treinadas coma finalidade de promover efeito hipotensivo pós-exercício de forma aguda.Palavras-Chave: Treinamento de força, Pressão arterial, Hipotensão, Método dropset, Método tradicional.

Biografia do Autor

Marcela de Souza Alves da Cruz

Programa de Pos-Graduação Lato-Sensu em Musculação e Treinamento de Força – Universidade Fed-eral do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Gabriel Andrade Paz

Programa de Pos-Graduação Lato-Sensu em Musculação e Treinamento de Força – Universidade Fed-eral do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro, RJ, Brasil.Grupo de Pesquisa em Cinesiologia Aplicada ao Treinamento de Força – Faculdade São José – Rio deJaneiro, RJ, Brasil.

Humberto Miranda

Programa de Pos-Graduação Lato-Sensu em Musculação e Treinamento de Força – Universidade Fed-eral do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Referências

AMERICAN COLLAGE OF SPORTS MEDICINE. Diretrizes do ACSM para testes de esforço e sua prescrição. Edi-
tora Guanabara, Rio de janeiro, 8°ed, 2010.
AMERICAN COLLAGE OF SPORTS MEDICINE. Exercise and hypertension. Medicine and Science of Sports Exer-
cise, v. 36. p.533–53, 2004.
AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. Position Stand: Progression Models in Resistance Training for
Healthy Adults. Medicine and Science of Sports Exercise, v. 34, n. 1, p. 687-708, 2009.
BAGANHA, R.J; DE PAULA,C.F; VIEIRA,L.M; DIAS,R; OLIVEIRA, L.H.S; SILVA,A.S;,SILVA JÚNIOR, A.J; NETO,
A.P. Hipertensão arterial sistêmica e exercício físico: Adaptações e mecanismos hipotensores associados. Revista
Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, Edição Suplementar 2, São Paulo, v.8, n.47, p. 499-506, 2014.
BENTES ET AL. Acute effects of dropsets among different resistance training methods in upper body performance.
Journal of Human Kinetics. v. 34, p.105-111 – Sports Training, 2012.
BENTES ET AL. Hypotensive effects and performance responses between different resistance training intensities
and exercise orders in apparently health women. Clin Physiol Funct Imaging, 2014.
BERMON, S. RAMA, D. DOLISI C. Cardiovascular e tolerance of healthy elderly subjects to weight-lifting exer-
cises. Med Sci Sports Exerc. v. 32. p. 1845-848, 2000.
BERMUDES, AMLM; VASSALO, DV; VASQUEZ, EC; LIMA,E.G. Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial
em Indivíduos Normotensos Submetidos a duas sessões únicas de Exercícios: Resistido e Aeróbico. Arq. Bras. Car-
diol. V. 82. n. 1, p. 57-64, 2003.
BORGES, H.P; et al. Associação entre hipertensão arterial e excesso de peso em adultos. Belém, Pará, 2005. Ar-
quivo Brasileiro de Cardiologia, v.91, n.2, p. 110-18, 2008.
BRAITH RW, STEWART KJ. Resistance exercise training. Circ; v. 113: p.2642–2650, 2006.
CASONATO, J.; POLITO, M.D. Hipotensão pós exercício aeróbio: Uma revisão sistemática. Rev Bras Med Esporte.
v.15. n. 2. p. 151- 157, 2009.
CORNELISSEN VA, FAGARD RH. Effect of resistance training on resting blood pressure: a meta-analysis of ran-
domized controlled trials. J Hypertens; v. 23. p. 251–259, 2005.
CORNELISSEN VA, SMART NA. Exercise training for blood pressure: a systematic review and meta-analysis. J Am
Heart Assoc; v. 2. 2013.
DE SALLES BF, MAIOR AS, POLITO M, NOVAES J, ALEXANDER J, RHEA M, SIMAO R. Influence of rest interval
lengths on hypotensive response after strength training sessions performed by older men. J Strength Cond Res;
v. 24. p. 3049–3054, 2010.
Ciência Atual | Rio de Janeiro | Volume 8, Nº 2 • 2016 | inseer.ibict.br/cafsj | Pg. 11-13
DIAS, I.; SIMÃO, R.; NOVAES, J. A influência dos exercícios resistidos nos diferentes grupamentos musculares
sobre a pressão arterial. Fitness & Performance Journal, Rio de Janeiro, v. 6, n. 2, p. 71-75, 2007.
FARINATTI, PTV, ASSIS, BFCB. Estudo da freqüência cardíaca, pressão arterial e duplo-produto em exercícios
contra-resistência e aeróbico contínuo. Rev Bras Ativ Física Saúde; v. 5. p. 5-16, 2000.
FORJAZ CLM, TINUCCI T. A medida da pressão arterial no exercício. Rev Bras Hipertens; v. 7. n. 1. p. 79-87,
2000.
GALVÃO, DA; TAAFEE, DR. Resistance exercise dosage in older adults: Single versus multiset effects on physical
performance andy body composition. Journal of American Geriatrics Society, New York, v.53, n.12. p. 2090-2097,
2005.
GARBER CE, BLISSMER B, DESCHENES MR, FRANKLIN BA, LAMONTE MJ, LEE IM, NIEMAN DC, SWAIN DP.
American College of Sports Medicine position stand. Quantity and quality of exercise for developing and main-
taining cardiorespiratory, musculoskeletal, and neuromotor fitness in apparently healthy adults: guidance for pre-
scribing exercise. Med Sci Sports Exerc; v. 43. p. 1334–1359, 2011.
HALLIWILL, J.R. Mechanisms and clinical implications of post-exercise hypotension in humans. Exerc Sport Sci
Rev. v. 29. n. 2. p. 65-70. 2001.
HAMID ARAZI; AHMAD GHIASI; SEPIDEH ASGHARPOOR. Estudo comparativo de respostas cardiovasculares
para dois intervalos de recuperação entre exercícios resistidos em circuito em mulheres normotensas. Rev Bras
Med Esporte – v. 19, n. 3 – Mai/Jun, 2013.
JANNING PR; CARDOSO AC; FLEISCHMANN E; COELHO CW; CARVALHO T. Influencia da ordem de execução
de exercícios resistidos na hipotensão pós-exercicio em idosos hipertensos. Rev Brás Med Esporte; v. 15, n.5. p.
338-41, 2009.
KOLB,G.C;ABREU, L.C; VALENTI,V.E; ALVES,T.B. Caracterização da resposta hipotensora pós-exercício.Arquivos
Brasileiros de Ciências da Saúde, v. 37, n. 1, p. 44-48, Jan/Abr 2012.
LIZARDO JHF; SIMÕES HG. Efeitos de diferentes sessões de exercícios resistivos sobre hipotensão pós-exercício.
Rev Brás Fisioter. v. 9. p. 289-95, 2005.
MACDOUGALL JD; TUXEN D; SALE DG; MOROZ JR; SUTTON JR. Arterial blood pressure response to heavy
resistance exercise. J Appl Physiol. v. 58, n. 3. p. 785-90, 1985.
MAIOR ET AL. Efeito hipotensivo dos exercícios resistidos realizados em diferentes intervalos de recuperação. Rev
SOCERJ. v. 20, n. 1. p. 53-59 janeiro/fevereiro, 2007.
MAIOR ET AL. Hipotensão Arterial Pós-esforço e Treinamento de Força. Rev SOCERJ. v. 22, n.3. p. 151-157
maio/junho, 2009.
MEDIANO MFF, PARAVIDINO V, SIMÃO R, PONTES FL, POLITO MD. Comportamento subagudo da pressão
arterial após o treinamento de força em hipertensos controlados. Rev Bras Med Esporte. v. 11, n. 6. p. 337-340,
2005.
NELSON ME, REJESKI WJ, BLAIR SN, DUNCAN PW, JUDGE JO, KING AC, MACERA CA, CASTANEDA-SCEPPA
C. Physical activity and public health in older adults: recommendation from the American College of Sports Medi-
cine and the American Heart Association. Med Sci Sports Exerc. v. 39. p. 1435–1445, 2007.
OLIVEIRA, M.M.; DAMASCENO, V.O.; DE LIMA, J.R.P.; GALIL, A.G. S.; DOS SANTOS, E.M.R.; NOVAES, J.S.
Efeito Hipotensivo de Exercícios resistidos realizados em diferentes intensidades em idosos. Revista Brasileira de
Cardiologia. v. 24. n. 6. p. 354-361. 2011.
Ciência Atual | Rio de Janeiro | Volume 8, Nº 2 • 2016 | inseer.ibict.br/cafsj | Pg. 12-13
PASCHOAL, M.A.; SIQUEIRA J.P.; MACHADO, R.V; PETRELLUZZI, K.F.S.; GONÇALVES, N.V.O. Efeitos agudos
do exercício dinâmico de baixa intensidade sobre a variabilidade da frequência cardíaca e pressão arterial de indi-
víduos normotensos e hipertensos leves. Rev Ciênc Méd. Campinas. v. 13. n. 3. p. 223-234. 2004.
PESSUTO, J.; CARVALHO, E.C. de. Fatores de risco em indivíduos com hipertensão arterial. Rev.latino-am.enfer-
magem, Ribeirão Preto, v. 6, n. 1, p. 33-39, janeiro 1998.
POLITO MD, SIMÃO R, SENNA GW, FARINATTI PTV. Efeito hipotensivo do exercício de força realizado em inten-
sidades diferentes e mesmo volume de trabalho. Rev Brás Med Esporte. v. 9. n. 2. p.69-73, 2003.
POLITO MD; FARINATTI PTV. Comportamento da pressão arterial após exercícios contra-resistencia: uma revisão
sistemática sobre variáveis determinantes e possíveis mecanismos. Rev Brás Med Esporte. v. 12. n. 6. p.386-92,
2006.
QUEIROZ AC, GAGLIARDI JF, FORJAZ CL, REZK CC. Clinic and ambulatory blood pressure responses after resis-
tance exercise. J Strength Cond Res. v. 23. p.571–578, 2009.
REZK CC, MARRACHE RC, TINUCCI T, MION D JR, FORJAZ CL. Post-resistance exercise hypotension, hemody-
namics, and heart rate variability: influence of exercise intensity. Eur J Appl Physiol. v. 98. p.105–112, 2006.
RUSBY JC, WESTLING E, CROWLEY R, LIGHT JM. Psychosocial correlates of physical and sedentary activities of
early adolescent youth. Health Educ Behav. v. 41. p. 42–51, 2013.
SANTOS EMR; SIMIÃO R. Comportamento da pressão arterial após uma sessão de exercícios resistidos. Fit Perf
J. v. 4, n. 4. p.227-31, 2005.
SHEPARD RJ. PAR-Q Canadian home fitness test and exercise screening alternatives. Sports Med. v. 5. p.185-95,
1988.
SIMAO R, FARINATTI PDE T, POLITO MD, VIVEIROS L, FLECK SJ. Influence of exercise order on the number of
repetitions performed and perceived exertion during resistance exercise in women. J Strength Cond Res. v. 21.
p.23–28, 2007.
SIMÃO R, FLECK SJ, POLITO M, MONTEIRO W, FARINATTI P. Effects of resistance training intensity, volume,
and session format on the postexercise hypotensive response. J Strength Cond Res. v. 19. p. 853–858, 2005.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - SBC. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq. Brás. Cardiol. v.
95 n. 1. p.1-51, 2010.
TOMASI T, SIMÃO, R, POLITO MD. Comparação do comportamento da pressão arterial após sessões de exercí-
cio aeróbio e de força em indivíduos normotensos. Rev Edu Fis. v. 19. n. 3. p. 361-67, 2008.

Downloads

Publicado

06-09-2016